Programa de Pesquisa 2024
Após um processo muito concorrido, agora, o Conecta Trabalhadores, está com um grupo de pesquisadores, selecionados pelo programa de bolsa da pesquisa “Percepção dos Brasileiros sobre o Trabalho por Aplicativo”. A equipe irá somar na análise dos resultados de nosso survey nacional realizado em parceria com IPEC. Confira abaixo todos os selecionados.
Integrantes do Grupo de Pesquisa Trabalho e Teoria Social (GTTPS/UnB)
Integrantes do Grupo de Pesquisa Trabalho e Teoria Social (GTTPS/UnB)
Podcast
Na Corrida por Direitos
No novo podcast "Na Corrida por Direitos", apresentado por Caroline Gonçalves, trabalhadores de aplicativo se reúnem para debater quais direitos deveriam ser garantidos para a categoria. A conversa traz três perspectivas: a da população brasileira (com base na pesquisa do ITS Rio – Ipec), a visão dos próprios trabalhadores e as propostas do projeto de regulamentação PL 12/24. Os convidados, Denis e Pablo, discutem se se sentem representados pelo projeto de lei e como suas opiniões convergem ou divergem em relação à população. Confira esse importante diálogo sobre o futuro do trabalho por aplicativo!
CONHEÇA A PESQUISADORA
Caroline Gonçalves
Bacharel e mestra em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Estou no segundo ano do doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ) e integro o grupo de pesquisa de sociologia urbana, o CASA (IESP-UERJ). No meu doutorado, investigo as estratégias de trabalho dos motoristas de aplicativo no Rio de Janeiro. Atualmente, estou focada na divulgação e internacionalização dos resultados das minhas pesquisas, participando de conferências internacionais renomadas, como a International Studies Association (ISA) e o Research Committee 21 (RC21).
Publicações
Oficinas de Discussão e Cocriação com os Trabalhadores
O pesquisador Igor Dalla Vecchia conduziu oficinas com lideranças de trabalhadores de entrega em várias regiões do Brasil, com o objetivo de discutir os resultados da pesquisa nacional sobre a percepção dos brasileiros em relação ao trabalho por aplicativo, realizada pelo ITS e Ipec. Durante as oficinas, os participantes compartilharam suas percepções sobre temas como a falta de conhecimento do público sobre as reais condições de trabalho, a necessidade de regulamentação governamental e a responsabilidade das plataformas em fornecer equipamentos de trabalho. Como resultado dessas oficinas, foram desenvolvidas peças de comunicação para que os próprios trabalhadores pudessem divulgar os dados e suas análises nas redes sociais, promovendo uma conscientização mais ampla e crítica sobre a realidade do trabalho em plataformas digitais.
Acesse o instagram @conectatrabalhadores para saber mais.
CONHEÇA O PESQUISADOR
Igor Vecchia
Geógrafo e professor, com mestrado em Geografia pela UFRGS e atualmente doutorando no IPPUR/UFRJ. A pesquisa da tese se concentra nos processos de territorialização das plataformas digitais e des-reterritorialização dos trabalhadores no Brasil. Também coordena o projeto “Meu Corre”, um aplicativo que apoia entregadores na sua conscientização financeira.
Artigo
AS MULHERES SÃO MAIS PROPENSAS A APOIAR OS TRABALHADORES DE APLICATIVOS? Uma análise probabilística a partir das percepções dos brasileiros
As mulheres apoiam mais os direitos dos trabalhadores de aplicativos?
Um novo estudo do Programa de Bolsas ITS, de Maria Teodora Rocha, explorou se há uma maior tendência das mulheres em apoiar direitos trabalhistas para trabalhadores de plataformas digitais. Utilizando dados de nosso survey com o Ipec, a análise demonstrou que, em comparação aos homens, as mulheres são mais propensas a apoiar medidas como férias remuneradas e salário mínimo para esses trabalhadores. O estudo utilizou modelos de regressão logística e indicou que, dos 12 direitos analisados, 9 tiveram um apoio significativamente maior entre as mulheres. Essa tendência se alinha com a literatura, que aponta que mulheres tendem a ter uma postura mais assistencialista e progressista em temas sociais e trabalhistas.
O artigo ficará disponível para leitura após publicação em periodíco.
CONHEÇA A PESQUISADORA
Maria Teodora Rocha
Auditora da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa), estando, atualmente, Chefe da Unidade de Auditoria Interna da instituição. Mestre em Direito (PPGD/Ufersa). MBA em Data Science and Analytics (USP/Esalq). Coordenadora do Projeto de Pesquisa "Auditoria na Prática".
Artigo
AS PERSPECTIVAS DOS BRASILEIROS SOBRE TRABALHO DE APLICATIVO E SUAS TENDÊNCIAS REGULATÓRIAS NO BRASIL: Uma análise das condições de trabalho nos Projetos de Lei nº 12/2024, nº 3754/2020 e 3748/2020.
Em novo estudo, Natália Muniz analisa as condições de trabalho propostas pelos principais projetos de lei que buscam regulamentar o trabalho por aplicativos no Brasil e compara essas propostas com as expectativas dos brasileiros. Com base em dados da pesquisa "Percepção dos Brasileiros sobre Trabalho por Aplicativo", realizada pelo ITS Rio, o artigo revela uma lacuna entre o que os brasileiros esperam e o que as legislações atuais oferecem para melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores de plataforma. Venha entender mais sobre essa análise e os desafios para a regulação do setor!
O artigo ficará disponível para leitura após publicação em periodíco.
CONHEÇA A PESQUISADORA
Natália Soprani Valente Muniz
Mestranda em Direito pelo PPGD/UFRJ e bacharel em Direito pela UFRJ. Desde 2020, é vinculada ao Grupo de Pesquisa Trabalho no Século XXI (Trab21/UFRJ), onde pesquisa o futuro do Trabalho a partir das novas tecnologias, com foco na plataformização do trabalho. Desde 2022, é pesquisadora-assistente do Fairwork Brasil, vinculado à Universidade de Oxford. Tem interesse pela pesquisa sócio-jurídica no Direito do Trabalho, compreendendo este ramo jurídico como parte fundamental dos Direitos Humanos.
Podcast
Trabalha pra Quem?
No podcast "Trabalha pra Quem?", Rennan Porto explora as várias camadas das plataformas digitais e o impacto nas vidas dos trabalhadores de aplicativo no Brasil. Conversamos sobre o que a população brasileira pensa desse tipo de trabalho, os direitos desses profissionais, e as dificuldades como machismo e racismo enfrentadas no dia a dia. O podcast analisa os resultados da pesquisa sobre a "Percepção dos Brasileiros sobre Trabalho por Aplicativo" conduzida pelo Ipec a pedido do ITS. Não perca essa discussão essencial para entender melhor o futuro do trabalho!
CONHEÇA O PESQUISADOR
Rennan Porto
estudante de ciência sociais pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), membro do grupo Programa de Educação Tutorial (PET) de análise de ações afirmativas da UNIRIO. Seus trabalhos já foram aceitos em congressos internacionais como o ALARI (Harvard) e foi premiado como melhor pesquisador na Jornada de Inovação (JIN-Unirio).
Publicação aberta
Explorações Sonográficas e Acessibilidade de Dados: A Percepção dos Brasileiros sobre o Trabalho por Aplicativos em Representações Inclusivas
O projeto desenvolvido pelo Waldo Ramalho explora formas inovadoras de representar os dados da pesquisa "Percepção dos Brasileiros sobre Trabalho por Aplicativo", promovendo uma experiência multimodal e acessível. Em um caderno interativo hospedado no Google Colab, o pesquisador utilizou a sonificação para traduzir dados visuais em som, criando uma “cacofonia agonizante” que convida o público a refletir sobre as condições de trabalho dos profissionais de aplicativos. Além disso, o projeto aborda a acessibilidade digital na pesquisa científica, reconstruindo as visualizações do relatório original de maneira que podem ser experimentadas em braille, texto e som. Essa iniciativa permite uma nova perspectiva sobre o entendimento de dados e sugere caminhos criativos para tornar as informações mais inclusivas e acessíveis para diferentes públicos.
CONHEÇA O PESQUISADOR
Waldo Ramalho
Mestre em Sociologia e Antropologia pelo PPGSA da Universidade Federal do Rio de Janeiro e graduado em Direito, com formação complementar em Matemática Aplicada, pela Fundação Getulio Vargas. Em sua dissertação, conduziu uma etnografia digital de grupos de WhatsApp de motoristas de aplicativos brasileiros. Com interesse em sociologia computacional, antropologia digital e sociologia da tecnologia, possuí experiência em pesquisas envolvendo métodos mistos, métodos digitais, plataformização do trabalho, transparência pública, desinformação e proteção de dados pessoais. Foi bolsista de instituições como Peking University, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Fundação Getulio Vargas e Embaixada Americana no Brasil.
Artigo
O que pensa a população brasileira acerca da regulação laboral do trabalho por plataformas digitais?
O Grupo de Pesquisa Trabalho e Teoria Social (GTTPS) analisou os resultados da survey que realizamos com o Ipec e revelou que a população brasileira tem uma visão favorável à regulamentação e à garantia de direitos aos trabalhadores de aplicativos. O estudo identificou que mulheres, pessoas pretas e pardas, aqueles de menor escolaridade e pertencentes às classes DE são os que mais apoiam a concessão de direitos, como aposentadoria e seguro saúde, a esses trabalhadores. O artigo destaca a forte adesão popular à regulação do trabalho por plataforma, indicando a importância de assegurar direitos sociais para essa categoria.
O artigo ficará disponível para leitura após publicação em periodíco.
CONHEÇA OS PESQUISADORES
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Brenna de Araújo VilanovaGraduanda em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília- UnB. Foi integrante por dois anos do projeto de extensão da Faculdade de Direito, Vez e Voz - EDUCAÇÃO POPULAR NA PREVENÇÃO E NO ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS NO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO. Coordenação: Prof. Dr. José Geraldo de Sousa Junior. Atualmente, pesquisa Desaparecimento Forçado de Indígenas Brasileiros (Pibic),faz parte do Projeto de Pesquisa: PARA ONDE VAI O TRABALHO HUMANO NA ERA DIGITAL? com foco em precarização do serviço dos Entregadores. Outras áreas de interesses: Direitos humanos com foco em precarização do trabalho, trabalho análogo a escravidão, Tráfico de pessoas, violência sexual e exploração infantil, bem como, Desaparecimento social no contexto de gênero, raça e etnia.
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João Pedro Inácio PelejaDoutorando e Mestre (2022) em Sociologia pela Universidade de Brasília. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás (2019). É candidato a Visiting scholar em Virginia Polytechnic Institute and State University, Estados Unidos. Atualmente, compõe a equipe de pesquisadores do projeto "Para onde vai o trabalho humano na era digital?". É membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Teoria Social e do Grupo de Estudos e Pesquisas para o Trabalho, ambos da UnB. Foi pesquisador pelo Programa de Iniciação Científica e em Desenvolvimento Tecnológico (2017-2018), monitor na disciplina de graduação Sociologia 1 (2018) e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (2018-2020). Tem interesse na área de Sociologia, com ênfase nos seguintes temas: plataformas digitais; controle algorítmico; entregadores por aplicativos; transformações no mundo do trabalho; desigualdade racial e metodologia de pesquisa. Possui experiência com análise de estatísticas sociais.
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João Vítor de Araújo CoêlhoGraduando na licenciatura em Ciências Sociais da Universidade de Brasília. Participa do grupo de pesquisa "Para onde vai o trabalho humano na era digital" (UnB/SOL), realizando pesquisa sobre a temática "flexibilização do trabalho de motoristas por meio de aplicativos" (Bolsista PROIC-UnB). Possui interesse nas áreas de Teoria Social, Sociologia do Trabalho e Sociologia da Educação.
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Laura Valle GontijoDoutoranda em Sociologia na Universidade de Brasília. Mestre em Sociologia e Bacharel em Serviço Social pela mesma Universidade. Foi pesquisadora visitante na King's College London entre dez/23 e mai/24. Faz parte do Grupo de Pesquisa Trabalho e Teoria Social (PPGSOL/UnB) e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (GEPT/UnB). Colabora com o "Platform Work Inclusion Living Lab", uma iniciativa de pesquisa da European Cooperation in Science and Technology. Área de estudos: Sociologia do Trabalho, com foco nos seguintes temas: jornada de trabalho, formas de remuneração, trabalho intermitente, trabalho por plataformas digitais.
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Nicolle Wagner da Silva GonçalvesAdvogada. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Direito "Novos Direitos, Novos Sujeitos" da Universidade Federal de Ouro Preto. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pelo Instituto Brasiliense de Direito Público - IDP. Graduada em Direito pela Universidade de Brasília (2019).